O primeiro-ministro português António Costa disse que “não há tempo a perder” na luta contra as alterações climáticas e investiu em energias renováveis como a gigabateria do Tâmega, que inclui três barragens e foi inaugurada na segunda-feira.
Com uma capacidade de 1.158 megawatts (MW), o Sistema de Produção Eléctrica do Tâmega (SET) tem capacidade para armazenar 40 milhões de quilowatts (KWh), equivalente à energia utilizada por 11 milhões de pessoas nas suas casas por dia, tornando-se num dos maior. Sistemas de armazenamento de energia na Europa.
O complexo reúne três hidrelétricas e três barragens. A obra está concluída em Daivões e Gouvães, e no Alto Tâmega deverá estar concluída em dois anos.
Costa visitou o complexo hidrelétrico Para ver o seu início. Antes de seu discurso, ele queria deixar uma “palavra de solidariedade” aos prefeitos existentes e aos que enfrentam incêndios florestais.
Atualmente, os incêndios continuam a arder em Chaves, Murza e Vila Buca de Aguirre no distrito de Vila Real.
“Mesmo que a humanidade consiga cumprir a meta estabelecida nos Acordos de Paris de limitar o aumento da temperatura global a um grau e meio, a tempo, o risco de incêndios florestais aumentará seis vezes em nosso país”, disse.
Por isso, sublinhou que investir nas energias renováveis é “de imediato decisivo” para combater as alterações climáticas, e que com esta gigabateria do Tâmega, “os resultados são muito mensuráveis”.
“Com este investimento, vamos reduzir o equivalente a 1,2 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2)”, disse.
“Não temos gás natural, não temos petróleo, não temos combustíveis fósseis, então importamos toda a energia que consumimos. Em vez disso, temos recursos hídricos, energia solar e energia eólica, podemos produzir o energia que consumimos e produzimos energia suficiente para um dia, podemos deixar de ser importadores de energia e nos tornarmos exportadores de energia”, disse Costa.
O Sistema de Produção Eléctrica do Tâmega é considerado um dos maiores projectos hidroeléctricos da Europa nos últimos 25 anos e tem um investimento total de 1,5 mil milhões de euros.
A iniciativa representa mais de 50% do escopo do Programa Nacional de Barragens de Alta Eficiência Hidrelétrica (PNBEPH).
(Paula Lima | Lusa.pt)